Jogos tradicionais para o Dia da Criança

Disculpa, pero esta entrada está disponible sólo en Portugués De Portugal. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Os jogos tradicionais que antes nos ocupavam entre grupos de amigos, já não têm o destaque que tinham, mas nós decidimos relembrar e, quem sabe, trazer um pouco de nostalgia a este Dia da Criança. Aproveite para recordar estes jogos tradicionais portugueses com os seus filhos, sobrinhos ou filhos de amigos.

Muito nos queixamos que antigamente é que nos divertíamos, que atualmente as crianças não sabem brincar, que passam o tempo em frente à televisão, consolas de jogos e telemóveis.

Mas não partirá de nós fomentar um pouco do que foi a nossa felicidade em criança, com brincadeiras tão simples mas que nos entretinham horas a fio?

Macaquinho Chinês

O que é preciso? Crianças e um muro ou risco no chão.

Uma das criança, o macaquinho do chinês, vira-se para o muro, enquanto as outras ficam atrás dela a alguma distância (10 metros ou 20 passos largos de crianças). O macaquinho chinês, de costas para as outras crianças, diz “Um, dois, três, macaquinho do chinês”.Enquanto a frase é dita, os outros avançam na direção da parede, devendo parar antes que o macaquinho do chinês termine a frase e “congelando”. Não se podem mexer! Mal o macaquinho do chinês termine a frase volta-se para trás, tentando ver se alguém se mexe.

Quem for visto a mexer-se deve recuar à linha de partida. O macaquinho do chinês deve voltar à parede, dizer a frase e o processo repete-se. Ganha quem chegar primeiro à parede ou linha do macaquinho do chinês. Cócegas às vezes também valia, não era?

Mamã dá licença?

O que é preciso? Crianças e um muro ou risco no chão.

Uma das crianças é a mãe e fica voltada de frente para as restantes. O grupo deve posicionar-se ao lado umas das outras, a alguma distância, marcada no chão por um risco.Uma criança de cada vez vai perguntando à mãe:
– A mamã dá licença?
– Dou.
– Quantos passos me dá?
– Cinco à bebé.
– Mas dá mesmo?
– Sim. A criança pode então avançar seguindo as ordens da mãe. De seguida, a criança seguinte faz a mesma pergunta e obedece à mãe. Ganha quem chegar primeiro à mãe.

PASSOS POSSÍVEIS
Passos à bebé: passos muito pequeninos
Passos à gigante: passos largos
Passos à caranguejo: passos para trás
Passos à cavalinho: passos saltitantes
Passos à tesoura: abertura lateral dos membros inferiores

Macaca

O que é preciso? Crianças, um objeto pontiagudo para riscar na areia ou ou giz para riscar no chão.

Começa-se por desenhar a macaca no chão, numera-se as casas de um a oito. O espaço número 1 é a terra e o número 8 é o céu. A macaca é como se fosse um T duplo. Lança-se uma pedra de espaço em espaço começando pelo número um. O objectivo é percorrer o caminho entre terra e céu pisando os espaços ao pé coxinho (excepto o espaço que tem a pedra) apanhar a pedra equilibrando-se num único pé e sair da macaca pelo espaço número 1.

Ao lançar a pedra se cair fora do riscado ou em cima do risco, a criança perde a vez e passa a jogar a seguinte. Nos espaços lado a lado, deve saltar-se com os dois pés no chão ao mesmo tempo. No final da macaca, a criança deve rodar sobre si mesma para voltar para trás.

Sempre que a criança percorrer a macaca sem pisar o risco ou colocar mal os pés no chão, volta a lançar a pedra para o número seguinte. Sempre que perder a vez, joga a criança seguinte e quando voltar a ser a sua vez retoma o jogo da casa em que perdeu.

Quando terminar o percurso do 1 ao 8, deve fazer o inverso. Começando por atirar a pedra à casa número 8. Deverá depois fazer o percuso de olhos fechados, perguntando aos colegas “Queimei?”. Caso tenha pisado o risco, os colegas deverão dizer “Queimaste”, passando a vez à criança seguinte.

Terminado este percurso, a criança deve atirar a pedra de costas e se acertar numa casa, coloca o seu nome. Só a criança com o nome na casa pode agora pisá-la a menos que autorize os colegas a fazê-lo. Ganha quem tiver mais macacas, ou seja, mais casas com o seu nome.

Forca

O que é preciso? Crianças, papel e caneta ou lápis.

Para os dias menos solarengos este jogo é fantástico para treinar a escrita e a perspicácia linguística da criança. Pensa-se numa palavra e assinala-se com traços o número de letras dessa palavra. A criança deve adivinhar o que é fazendo perguntas. Exemplo: é pessoa? É animal? Tem pelos? Tem penas? Voa?

E vai dizendo letras, sempre que acertar numa letra contida na palavra, deve assinalar-se a letra e o lugar na palavra. Caso não acerte numa letra da palavra desenha-se parte dum boneco (cabeça, membros superiores, tronco e membros inferiores, sendo que os membros desenha-se um de cada vez). Este boneco será o enforcado.
Ganha quem adivinhar a palavra antes de ter o enforcado completo.

Pião

O que é preciso? Pião, corda e amigos.

Os piões em madeira eram as delícias dos mais novos e dos mais graúdos. Enrole o cordel à volta da parte mais estreita do pião, bem apertado e sem folgas.

Deve ficar com uma ponta do cordel na mão, balança para trás e larga o pião desenrolando o cordel.
É preciso treinar para apanhar o jeito, mas depois é só descobrir jogos com pião e divertirem-se!

Estes jogos tradicionais portugueses são ideais para reviver a infância e ensinar novas brincadeiras aos mais pequenos. As crianças agradecem.